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SC registra mais de 100 mortes por tuberculose em 2022 e acompanha aumento do número de óbitos nacional

Por Rádio Princesa da Ilha FM 98.3 em 01/04/2023 às 10:48:17

Houve crescimento no número de óbitos nos últimos 5 anos. Dive recomenda vacina aos recém-nascidos e que pacientes terminem tratamento, que é gratuito via SUS. Etiqueta de tosse: cobrir o nariz e a boca com lenço descartável jogando-o fora após o uso ou cobrir a boca com o braço dobrado, usando o antebraço.

Crédito: iStockPhotos

Santa Catarina registrou, nos últimos cinco anos, um aumento no número de mortes por tuberculose. No ano passado, foram mais de 100 óbitos por causa da doença, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do estado. Nacionalmente, o número de mortes também tem aumentado, conforme dados do Ministério da Saúde.

Os números do país também apontam crescimento no número de mortes pela doença. Porém, nacionalmente os dados mais recentes vão até 2021.

O pneumologista Ricardo Malinverni levantou hipóteses para o aumento no número de mortes nos últimos anos.

"A tuberculose é uma doença cujo tratamento é longo, de seis a 12 meses, e realizado com quatro drogas. Há uma alta taxa de abandono do tratamento por parte dos pacientes sendo observada nos últimos anos. Isso pode justificar o aumento da transmissão na população, o surgimento de cepas resistentes ao esquema de tratamento também pode contribuir para o aumento da mortalidade", afirmou.

Outra hipótese está relacionada à Covid-19. "Outra possibilidade é que, durante a pandemia de Covid, a atenção à tuberculose, seu diagnóstico e tratamento pode ter reduzido", disse.

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De acordo com a infectologista da Dive, Ligia Gryninger, a situação, apesar de preocupante, não foge do esperado, já que a taxa de mortalidade (feita a cada 100 mil habitantes) não teve grande aumento. Mesmo assim, por ser uma doença que possui tratamento e cura, conforme diz, é preciso atenção do Estado.

"A tuberculose é um problema de preocupação grave, não só para o Estado. A população precisa pensar em tuberculose e procurar um médico rápido quando tiver com tosse persistente, assim como vacinar as crianças nos primeiros anos de vida. O que acontece também é que as pessoas não procuram um centro de saúde ou, se procuram, param o tratamento no meio ao sentir melhora, situação que faz com que as mortes aumentem", afirmou a infectologista.

Sintomas

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro.

“A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada”, explicou Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da Dive/SC.

Confira abaixo os principais sintomas da doença:

tosse por três semanas ou mais

febre (especialmente à tarde)

suor intenso à noite

falta de apetitite

emagrecimento

Prevenção e tratamento

A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves de tuberculose e faz parte do calendário vacinal, devendo idealmente ser feita ao nascimento.

Além disso, como forma de prevenção e controle da doença é sempre importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção e/ou doença o mais rápido possível. Desta forma, o tratamento é iniciado precocemente e há a diminuição de possíveis complicações, além da redução na transmissão.

Tratamento

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

“A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada, até o final. Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas”, destacou Lígia Gryninger.

Uma combinação de medicamentos deve ser ingerida diariamente por um período de seis meses, na grande maioria dos casos. O tratamento irregular pode complicar a doença,.

"As pessoas que abandonam o tratamento, sem realiza-lo de forma completa, podem evoluir com forma mais graves e também contribuir para maior transmissão para seus contactantes, como família, amigos e no ambiente de trabalho", destacou o pneumologista.

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Fonte: G1 SC

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