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Mulher achada enterrada sob a própria casa em SC tinha filhos de 2 e 5 anos: 'Super mãe', lamenta irmã

Por Rádio Princesa da Ilha FM 98.3 em 09/02/2023 às 16:57:12

Família da vítima, que morava em Ituporanga, arrecada dinheiro para levar o corpo até Pernambuco. Companheiro de Jéssica Rayara foi preso suspeito do feminicídio. Jessica Rayara foi encontrada morta sob a casa onde morava em Ituporanga

Redes Sociais/ Reprodução

A mulher encontrada morta enterrada debaixo da própria casa em Ituporanga, no Vale do Itajaí, era conhecida por familiares por ser uma pessoa bastante ligada à família.

"Era uma super mãe", descreveu a irmã Cicera Vanessa da Silva. A vítima deixou dois filhos, de 2 e 5 anos.

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Preso temporariamente, o companheiro de Jéssica Rayara, que não teve a identidade divulgada, é suspeito do feminicídio.

"O que mais gostava era de estar sempre com os filhos, cuidando [deles], e entre a família", disse.

Antes de se mudar para Ituporanga, em 2021, a jovem morava em Ipubi (PE). Conforme o delegado Fernando Padilha Figueiredo, ela saiu do nordeste para trabalhar com agricultura em Santa Catarina.

Mulher achada enterrada sob casa em SC denunciou violência doméstica em 2022, diz polícia

Jéssica Rayara foi encontrada morta sob a própria casa em SC

Redes Sociais/ Reprodução

Segundo a irmã, a família está arrecadando dinheiro para o translado do corpo até Pernambuco. Até a tarde desta quinta-feira (9), R$ 5 mil haviam sido levantados - a meta é chegar a R$ 12 mil.

"Estamos fazendo uma 'vaquinha' para levar corpo para perto da família", informou.

Corpo foi descoberto um dia após filhos serem vistos sozinhos na residência

Violência contra mulher: como pedir ajuda

O crime

O corpo da jovem de 22 anos foi encontrado enterrado sob a casa onde morava com o companheiro e os dois filhos no fim da tarde de terça-feira (7). Conforme a Polícia Civil, Jéssica já havia denunciado violência doméstica em 2022.

Especialistas defendem que medidas protetivas estejam aliadas a outras políticas públicas

Padilha disse que as crianças, de 2 e 5 anos, foram achadas sozinhas dentro da residência no dia anterior, após solicitações de vizinhos, e foram encaminhadas a um abrigo.

"Os policiais da delegacia, incansáveis, continuaram, desde a madrugada de ontem [terça-feira], buscando esse corpo nas imediações do local. Até que, ao fim da tarde, foi localizado o cadáver da feminina, escondido embaixo da casa", relatou Padilha.

De acordo com o investigador, o homem foi encontrado pelos policiais no alojamento do irmão, próximo à casa da família, e preso na noite de terça-feira.

Corpo de Jéssika Rayara foi encontrado enterrado embaixo da casa onde morava

Redes sociais/ Reprodução

O que é violência doméstica?

Segundo a Lei Maria da Penha, a violência doméstica contra a mulher envolve qualquer ação baseada no gênero – ou seja, a mulher sofre algum tipo de violência apenas pelo fato de ser mulher.

Segundo o Instituto Maria da Penha, essa violência pode ser dos seguintes tipos:

Violência física: qualquer ação que ofenda a integridade ou a saúde corporal da mulher. Exemplos: espancamentos, estrangulamento, cortes, sacudidas, entre outros

Violência psicológica: qualquer ação que cause dano emocional e diminuição de autoestima; prejudique e perturbe o desenvolvimento da mulher ou tente degradar e controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Exemplos: ameaça, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, entre outros

Violência sexual: qualquer ação que obrigue a vítima a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada. Exemplos: estupro, impedir uso de contraceptivos, forçar prostituição, entre outros

Violência patrimonial: qualquer ação que configure retenção ou destruição de objetos, instrumentos de trabalho, documentos, bens e valores da vítima. Exemplos: controle do dinheiro, destruição de documentos, estelionato, deixar de pagar pensão alimentícia, entre outros

Violência moral: qualquer ação que configure calúnia, difamação e injúria. Exemplos: acusar a mulher de traição, expor a vida íntima, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir, entre outros

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Fonte: G1 SC

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