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Empresário pagou aposta de R$ 5 mil a vereador antes de ser assassinado, diz delegado de SC

Por Rádio Princesa da Ilha FM 98.3 em 07/11/2022 às 06:07:14

Vítima seria bolsonarista e teria apostado com suspeito do homicídio que Bolsonaro iria se reeleger, conforme a Polícia Civil. Advogado procurado por vereador disse que ainda não responde oficialmente pelo caso. Assassinato de empresário ocorreu em frente a um bar

Bombeiros Voluntários de Dona Emma/Divulgação

O empresário Luciano Mafassoli, 47 anos, assassinado no sábado (5) em Dona Emma, no Vale do Itajaí, havia apostado R$ 5 mil no resultado das eleições presidenciais com o vereador Valdir Siqueira (MDB), suspeito do homicídio, segundo o delegado Juliano Tumitan. O valor já teria sido pago, em espécie, conforme relato de testemunhas à polícia. A informação será confirmada na investigação.

A reportagem localizou o advogado procurado pelo vereador, mas o criminalista disse que ainda não responde oficialmente pelo político. Adiantou, no entanto, que Siqueira deve se apresentar à polícia. A Câmara de Vereadores informou que vai se reunir com a assistência jurídica para definir as medidas em relação ao vereador (leia abaixo).

Conforme o delegado, não teria sido a aposta, em si, o motivo do desentendimento, mas o inconformismo com o resultado das urnas.

"A vítima considerou que o atual presidente seria reeleito e perdeu. Por conta disso, a vítima pagou R$ 5 mil, conforme as testemunhas relataram para nós. Mas não concordando com o resultado, teve uma discussão com o autor", relatou o delegado.

O empresário era proprietário da empresa LS Madeiras, onde, conforme identificou a reportagem, havia uma faixa (veja foto abaixo) em apoio a Jair Bolsonaro (PL) até a tarde de domingo (6).

Faixa de Jair Bolsonaro em frente a faixada da empresa de empresário morto em SC

Felipe Sales/NSC TV

O delegado salientou que todos os envolvidos eram amigos antes da campanha eleitoral começar. Outros dois homens que estavam com a vítima foram golpeados na ocasião, sem gravidade. Ambos devem ser ouvidos pelo delegado, assim como outras quatro testemunhas, a partir desta segunda-feira (7).

"Foram ouvidas duas testemunhas presenciais, o dono do bar e uma senhora que estava lá. Também foi solicitada perícia", esclareceu.

Empresário Luciano Mafassoli, assassinado em SC

Redes Sociais/Divulgação

O crime

Segundo a delegada plantonista Elisabete da Cruz Prado, os três amigos participavam de um churrasco no bar, quando o vereador que teria trabalhado na campanha de Lula (PT) chegou ao estabelecimento e pediu uma cerveja. Após beber, por volta das 14h15, o político foi em direção ao três homens para cumprimentá-los.

"[Neste momento] iniciou uma discussão, e depois vias de fato [agressões], entre o autor e a vítima fatal", diz a delegada.

A confusão começou dentro do estabelecimento e continuou ao lado de fora, onde seguiram se agredindo. "O autor foi até o carro dele, pegou uma faca que estava sobre o banco e esfaqueou os três, segundo testemunhas", descreveu a delegada.

Em seguida, o vereador fugiu e o socorro foi acionado para atender os feridos.

O que diz a Câmara de Vereadores

O agente legislativo da Câmara de Vereadores de Dona Emma Jean Carlos Rizzieri disse que "vai se reunir com a assessoria jurídica na segunda para discutir as medidas a serem tomadas a respeito do vereador Valdir Siqueira (MDB), que também é presidente da Câmara".

Rizzieri também informou que o político não entrou em contato com a equipe do legislativo até a tarde de domingo, e que, até segunda ordem, as sessões serão presididas pela vice-presidente Eliani de Fátima Novak (MDB).

O que diz o MDB

O presidente do MDB em Santa Catarina, Celso Maldaner, também foi procurado, e informou que busca mais informações para se manifestar. Até a última atualização deste texto ele não havia enviado posicionamento.

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Fonte: G1 SC

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