Ari Vequi transmitiu cargo na sexta-feira e quadro de saúde inspira cuidados, diz médico. SC registra 16 mortes por causa da doença. Ari Vequi, prefeito de Brusque
Prefeitura de Brusque/Divulgação
O prefeito de Brusque, Ari Vequi, foi internado na tarde deste sábado (23) por causa da dengue, informou a prefeitura. Na sexta (22), ele transmitiu o cargo para o vice, Gilmar Doerner. Brusque e outros 32 municípios catarinenses tem nível epidêmico de dengue, segundo boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) de quinta (21). No total, 16 pessoas morreram por causa da doença no estado em 2022 (veja mais abaixo).
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De acordo com a prefeitura, Vequi está internado no Hospital Imigrantes. O político começou a apresentar sintomas no domingo (17). Na quarta (20), ele foi diagnosticado com dengue. Gilmar Doerner fica no cargo de prefeito até a próxima sexta (29).
O médico de Vequi, Humberto Fornari, disse que novos exames divulgados neste sábado apontaram uma piora nos níveis sanguíneos, principalmente no número de plaquetas. “Isso acarreta um risco maior de sangramento, e por isso, entendo que seja prudente internar o paciente para que o monitoramento seja feito na enfermaria hospitalar, principalmente para se evitar um quadro hemorrágico”, detalha. Humberto informa ainda que o quadro de saúde é estável e inspira cuidados.
Santa Catarina tem 33 cidades em nível de epidemia de dengue
Situação da dengue em SC
De 2 de janeiro até quinta, Santa Catarina, segundo a Dive, registrou 20.539 casos confirmados de dengue, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Desse total, 16 pessoas morreram. Confira abaixo mais detalhes dos óbitos:
Blumenau, homem, 94 anos
Brusque, homem, 81 anos
Brusque, mulher, 59 anos
Brusque, mulher, 100 anos
Caibi: homem, 72 anos
Chapecó: mulher, 86 anos
Chapecó: homem, 73 anos
Chapecó: homem, 66 anos
Coronel Freitas, homem, 66 anos
Criciúma: homem, 40 anos
Itá: homem, 72 anos
Joinville, homem, 65 anos
Palmitos: homem, 82 anos
Palmitos: homem, 78 anos
Romelândia: homem, 61 anos
Xanxerê, homem, 51 anos
Os municípios em nível epidêmico da doença são: Belmonte, Itá, Iporã do Oeste, Maravilha, Romelândia, Guaraciaba, Seara, Mondaí, Coronel Freitas, Palmitos, Abelardo Luz, São José do Cedro, Caibi, Caxambu do Sul, Flor do Sertão, Concórdia, Xanxerê, Tunápolis, Santa Helena, Ascurra, São Miguel do Oeste, Brusque, Águas Frias, Peritiba, Cunha Porã, Cordilheira Alta, Joinville, Xavantina, Santa Terezinha do Progresso, Riqueza, Bombinhas, Nova Itaberaba e Iraceminha.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
As fêmeas de Aedes aegypti podem viver, em média, 30 dias.
César Favacho/Arquivo Pessoal
Dos 295 municípios catarinenses, 126 foram considerados pela Dive como infestados pelo mosquito Aedes aegypti.
Mapa mostra os 126 municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti
Reprodução/Dive
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Sintomas
A primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo também são sintomas e estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
A recomendação da Dive é que quem apresentar os sintomas deve procurar um serviço de saúde.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:
evite usar pratos nos vasos de plantas - se usá-los, coloque areia até a borda;
guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
mantenha lixeiras tampadas;
deixe os depósitos d"água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d"água;
plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
mantenha ralos fechados e desentupidos;
lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
retire a água acumulada em lajes;
dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento
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