De acordo com a Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive), são 26 cidades com epidemia da doença. As fêmeas de Aedes aegypti podem viver, em média, 30 dias.
César Favacho/Arquivo Pessoal
O número de mortes por dengue aumentou de oito para 11 em Santa Catarina, segundo o boletim semanal da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive), divulgado na quarta-feira (13). O relatório analisa os casos e óbitos pela doença que ocorreram entre 2 de janeiro a 12 de abril de 2022.
Em pouco mais de três meses, 2022 se tornou o ano com mais mortes por dengue da história de Santa Catarina. Ao todo, segundo a Dive, são 26 cidades com epidemia da doença.
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Exceto por um caso, as mortes em Santa Catarina são de contágios autóctones, quando a contaminação ocorre dentro do Estado.
Entre as 11 vítimas, há apenas uma mulher. A Dive informou ainda que 13 mortes são investigadas por suspeita de dengue. Elas estão espalhadas nas regiões Oeste, Norte e Vale do Itajaí. Chapecó permanece como cidade com o maior número de mortes pela doença.
Em relação aos casos, dos 14 mil diagnosticados, 12.251 são autóctones e 2.246 estão em investigação. Segundo o boletim, há ainda 148 pessoas estão com "sinais de alarme" para a doença e seis casos estão em estado grave.
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Oito mortes confirmadas pela doença:
Brusque: homem, 81 anos, autóctone
Caibi: homem, 72 anos, autóctone
Chapecó: mulher, 86 anos, autóctone
Chapecó: homem, 73 anos, autóctone
Chapecó: homem, 66 anos, autóctone
Criciúma: homem, 40 anos, importado
Itá: homem, 72 anos, autóctone
Palmitos: homem, 82 anos, autóctone
Palmitos: homem, 78 anos, autóctone
Romelândia: homem, 61 anos, autóctone
Xanxerê, 51 anos, homem, autóctone
Cidades com epidemia de dengue em SC?
Belmonte
Itá
Iporã do Oeste
Maravilha
Romelândia
Guaraciaba
Seara
Mondaí
Coronel Freitas
Palmitos
Abelardo Luz
São José do Cedro
Caibi
Caxambu do Sul
Flor do Sertão
Concórdia
Xanxerê
Tunápolis
Santa Helena
Ascurra
São Miguel do Oeste
Brusque
Águas Frias
Peritiba
Cunha Porã
Cordilheira Alta
Sintomas
A primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo também são sintomas e estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
A recomendação da Dive é que quem apresentar os sintomas deve procurar um serviço de saúde.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:
evite usar pratos nos vasos de plantas - se usá-los, coloque areia até a borda;
guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
mantenha lixeiras tampadas;
deixe os depósitos d"água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d"água;
plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
mantenha ralos fechados e desentupidos;
lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
retire a água acumulada em lajes;
dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento
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