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Florianópolis decreta situação de emergência por causa da dengue

Por Rádio Princesa da Ilha FM 98.3 em 13/04/2022 às 07:37:21

Segundo o governo municipal, atualmente são 3,5 mil focos do Aedes aegypti e 329 pessoas diagnosticadas com a doença na Capital. As fêmeas de Aedes aegypti podem viver, em média, 30 dias.

César Favacho/Arquivo Pessoal

A prefeitura de Florianópolis decretou, na noite de terça-feira (12), situação de emergência por conta do aumento de casos de dengue na cidade. Segundo o governo municipal, atualmente são 3,5 mil focos do Aedes aegypti e 329 pessoas diagnosticadas com a doença na Capital.

Em Santa Catarina, a doença provocou oito mortes desde o início do ano. Em pouco mais de três meses, 2022 se tornou o ano com mais óbitos por dengue da história do estado (leia os detalhes do cenário estadual mais abaixo).

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No decreto municipal, a prefeitura instituiu uma comissão para o enfrentamento da dengue. Participam do grupo as secretarias de Saúde, Infraestrutura, Meio Ambiente, Segurança Pública e Casa Civil.

Além disso, conforme prevê a legislação, o decreto permite a entrada forçada de imóveis públicos ou particulares, e em lugares que estiverem abandonados, para combater a doença e localizar focos do mosquito transmissor.

Com a nova determinação, que tem vigência de 180 dias, as equipes de saúde vão reforçar as ações nas ruas, com limpeza de terrenos baldios e o recolhimento de veículos abandonados. Além disso, ficou autorizada a convocação de voluntários para reforçar os trabalhos.

Bairros com mais casos

O bairro que mais preocupa é o Itacorubi. São 169 casos registrados entre moradores, seguido pela Agronômica, com 33 diagnósticos, e o Córrego Grande, 18. Segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), feito em março, 60% dos focos estão em residências, o que indica alto nível de transmissão da doença na Capital.

Dengue em SC

Santa Catarina soma 45 municípios com alto risco para a dengue. De acordo com o comunicado divulgado pela Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive) na segunda-feira (11), 21 cidades da lista estão localizadas no Oeste.

O relatório apontou que 33 municípios apresentam médio risco de transmissão para o Aedes aegypti e 22, baixo risco. Os dados foram coletados pelo governo do estado após a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos.

De acordo com o último boletim epidemiológico da doença, divulgado em 7 de abril, já foram confirmados 9.422 casos de dengue neste ano. Desses, 7.515 foram transmitidos dentro do estado.

Sintomas

A primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.

Manchas pelo corpo também são sintomas e estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

A recomendação da Dive é que quem apresentar os sintomas deve procurar um serviço de saúde.

Prevenção

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:

evite usar pratos nos vasos de plantas - se usá-los, coloque areia até a borda;

guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

mantenha lixeiras tampadas;

deixe os depósitos d"água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d"água;

plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

mantenha ralos fechados e desentupidos;

lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

retire a água acumulada em lajes;

dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;

mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;

denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento

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Fonte: G1 SC

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