Anunciada como natural e estimulante sexual, a substância não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializada no país. "Melzinho do amor" entrou no radar do Procon, da Vigilância Sanitária e do MPSC
Reprodução/ NSC TV
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um inquérito para investigar a venda irregular do "melzinho do amor" em uma plataforma virtual. Anunciada como natural e estimulante sexual, a substância não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializada no país. A investigação foi aberta em 14 de janeiro.
O caso começou a ser apurado após uma denúncia feita em reportagem da NSC e da NSC TV, exibida em 17 de junho de 2021, que mostrou anúncios do produto com preços que variam de R$ 35, a unidade, a R$ 300, uma caixa.
O g1 SC procurou a empresa citada na investigação do MPSC nesta quarta-feira (2). Até as 13h50, não houve retorno.
Um vídeo também flagrou a venda irregular de substância no Centro de Florianópolis (assista abaixo). Na época, o Procon catarinense emitiu pedidos para que as plataformas de vendas virtuais fizessem a retirada dos anúncios sobre o produto. No entanto, o produto continuou a ser vendido no mercado.
O Procon emitiu uma Medida Cautelar exigindo que a suspensão da fabricação, fornecimento, comercialização, distribuição e divulgação do “melzinho do amor” e a retirada imediata dos mesmos das prateleiras, expositores de todos os estabelecimentos. Agora, o Ministério Públio aceitou a denúncia", informou o órgão.
'Melzinho do amor': Venda de substância não autorizada pela Anvisa é flagrada em SC
Em junho, a Polícia Civil prendeu em flagrante em Palhoça, na Grande Florianópolis, um jovem de 24 anos suspeito de vender o produto na internet. Além da prisão, houve o cumprimento de três mandados de busca e apreensão.
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Crime
Esse tipo de comercialização está proibida pela Anvisa. Segundo o advogado especialista em legislação do órgão, Carlos Eduardo Raulino, os revendedores também têm responsabilidade pela venda ilegal e podem sofrer penalizações.
A venda ilegal e fácil da substância preocupa também as autoridades sanitárias de Santa Catarina. A Diretora da Vigilância Sanitária de Santa Catarina, Lucélia Scaramussa Ribas Kryckyj, pede que as pessoas não consumam o produto.
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